RTS Formação: Especialista em Performance Interna ESPiN Nível 1

A ação muscular é dependente da direção da resistência. Os livros de cinesiologia só nos ensinaram as ações musculares a partir da posição anatômica e com a gravidade como fonte de resistência. Qualquer exercício que não tenha este cenário vai apresentar diferentes ações musculares e as variáveis e combinações são muito numerosas para serem contidas em um livro. Você só vai conseguir dominar o princípio da ação muscular de cada músculo quando entender as relações entre os componentes da Mecânica do Exercíco.

Não é necessário eletromiografia para determinação da participação muscular em um exercício. Você será capaz de fazer isso sozinho baseado nos princípios da Mecânica do Exercício.

Esta aula revisita os princípios da física que influenciam a geração do estímulo para o exercício. Força, alavanca, braço-do-momento, ângulo da força, torque, centro de massa, posicionamento da carga, são ensinados aqui de uma maneira simples e que faz a ciência fazer sentido.

A verdadeira resistência é o TORQUE, e o profissional que constrói o exercício tem possibilidade e dever de manipular o Torque para que o exercício seja o mais apropriado possível para cada cliente. O braço-do-momento representa 50% do torque (verdadeira resistência) e a Magnitude da Força os outros 50% do torque. Saber quais são os fatores que influenciam os componentes da equação do Torque e saber como manipulá-los durante os exercícios é uma grande evolução profissional.

Cada exercício utiliza diferentes formas de resistência e cada uma destas oferece características que influenciam o resultado do exercício. Nesta aula você vai aprender as diferenças nas propriedades físicas dos equipamentos: máquinas de musculação, pilates, treinamento funcional, borrachas, halteres, caneleiras, peso corporal.

A força muscular muda durante a ADM diante de cada cenário mecânico específico. Após 30 anos estudando a aplicação deste conceito, em praticamente todos as possibilidades de sobrecarregar as articulações (exercício), Tom Purvis identificou 5 comportamentos diferentes da força, por isso chamou de perfil da força.

O comportamento da resistência/torque, as mudanças que acontecem na resistência dentro do trajeto percorrido pela articulação durante cada repetição.

O profissional é o responsável pela aplicação de força em seu cliente e aqui vai aprender a manipular a força externa (resistência) para influenciar aquilo que ele deseja em seu cliente. Isso muda tudo.

A organização da contração muscular depende de como o exercício foi construído e de como é executado. O Cérebro possui padrões de eficiência já pré-estabelecidos e compete ao profissional decidir o objetivo de cada exercício para manipular o cenário mecânico e garantir que este vai acontecer.

A maneira com que o profissional constrói um exercício vai resultar em forças (cisalhamento, compressão, distração) na articulação. Estas forças, às vezes, são desejáveis outras, não, dependendo do tipo da articulação e do seu estado atual em cada cliente. O profissional vai aprender a ter autonomia para alterar cisalhamento, compressão e distração de acordo com a necessidade do cliente, assim diminuindo o custo articular associado com o exercício e aumentando o benefício contrátil.

Uma cadeia cinética é, na verdade, uma cadeia de forças. Você vai estudar a história associada com a disseminação deste conceito dentro do mundo do exercício, assim como suas falhas que geraram muitos mitos.

Em uma cadeia verdadeiramente fechada (fechada restrita), um músculo pode mover uma articulação que ele não cruza, desafiando tudo que estudamos na cinesiologia tradicional.