Exercício Customizado é a criação de exercícios através de um processo contínuo de estrategicamente manipular o exercício para criar um desafio físico ótimo e apropriado baseado capacidades atuais do indivíduo, suas limitações e tolerâncias, é influenciado pelas idiossincrasias de sua estrutura, sua capacidade de produção de tensão, seu controle contrátil, e consciência e também deve levar em consideração o nível de atividade que este está acostumado, assim como qualquer patologia que possa afetar direta ou indiretamente as questões acima.
A indústria do exercício sempre foi e continua sendo uma indústria onde o modelo de negócio de “um tamanho serve para todos” é aplicado. Mesmo o personal training é infestado de protocolos e coreografias em que uma pessoa deve seguir as “regras de exercício” arbitrárias, tradicionais ou influenciadas pelos esportes, ao invés de modificar cada aspecto do exercício para atender as necessidades específicas do indivíduo.
Frequentemente, ouvimos dizer que um exercício pode ser “diminuído” para um indivíduo, ao se reduzir a carga ou velocidade. Na verdade estes ajustes de carga são extremamente superficiais e não atendem nem o básico dos fatores que poderiam e deveriam ser manipulados como padrões da prática profissional na hora de customizar (personalizar) um exercício.
Os parâmetros específicos de um exercício não podem ser predeterminados. Todas as informações que influenciam a execução de um exercício, seja de pessoa para pessoa, dia a dia, série a série e até repetição a repetição, estão dentro do próprio indivíduo. A pessoa não escolhe os parâmetros do exercício. Eles são ditados pelo seu corpo, sua tolerância.
As decisões sobre qualquer exercício iniciam com duas perguntas primárias: “Para quem” e “Qual o seu objetivo?”. As repostas a essas perguntas confrontarão toda generalização existente nos exercícios. Elas transformam um exercício genérico em um exercício customizado.
Fatores que devem ser estrategicamente considerados e/ou manipulados: cada um deles é parte de um processo de tentativa e erro constante e contínuo, avaliado repetição após repetição.
Esses fatores são influenciados por:
“Regras Tradicionais do exercício” |
Quando os Parâmetros são definidos pelo cliente |
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Amplitude de Movimento durante o exercício de supino: tocar a barra no peito | Baixar a barra somente até a amplitude permitida pela articulação do ombro do indivíduo em questão. |
Agachamento até o femur atingir a posição paralela ao chão (90 graus de flexão de joelho) | Amplitude deve ser definida pelas proporções estruturais, e amplitude disponível no quadril, joelho e tornozelo. O controle também deve ser levado em consideração. |
Nunca trave os joelhos | Depende do estado atual da articulação, da direção de resistência, da velocidade e do controle. |
O joelho nunca devem passar à frente dos dedos do pé | A relação dos joelhos com a linha de força é o verdadeiro problema e não a relação do joelho com os dedos do pé. Esta relação entre a linha da força e o joelho não é resolvido nos afundos ou agachamentos na parede, onde o joelho não passa a frente do dedão do pé. |
Exibir uma boa postura é importante e existe uma postura ideal que chamamos de neutro. |
Postura não é algo estático e é não é representada pela forma que o corpo representa externamente. A postura pode ser influenciada pela estrutura, mas, se não for, ela é normalmente apenas uma questão de escolha ou hábito. Forçar alguém a um “ideal” pode travá-lo em uma posição extrema, limitando todos os outros movimentos. Tensão e fraqueza raramente influenciam na postura. |
20 minutos de exercício cardiorrespiratório é o ideal | A duração deve ser progressiva e baseada no nível de atividade ao qual a pessoa está acostumada. Para muitos indivíduos o “aeróbico” não é necessariamente a melhor forma de treinamento cardiorrespiratório. |
Alinhar o joelho atravéz do alinhamento do fêmur com o pé | O pé não é um bom ponto de referência para o alinhamento da articulação do joelho. A relação entre as superfícies de contato da tíbia e do fêmur são os únicos meios precisos de avaliar o alinhamento das superfícies de contato do joelho. As diferenças estruturais entre a parte de cima e a debaixo da tíbia podem fazer o pé parecer quase 30 graus inclinado para dentro ou para fora quando o joelho está no alinhamento ideal. |