CSI Contraction Sensitivity Isometrics

Sensitividade Contrátil Isométrica


Definição de CSI Contraction Sensitivity Isometrics

CSI’s são as elicitações especializadas (qualificadas) de uma sequência estratégica de respostas contráteis estáticas a uma série de forças leves, aplicadas manualmente em uma direção estratégica e magnitude relativa a sensitividade, e resposta em ambos músculos agonistas e antagonistas, ao redor da articulação em suas posições curtas e longas respectivamente.

Importância para o Exercício

O propósito primário para os CSI’s:

O InTension® pode ser usado:

  1. O passo inicial na Preparação Progressiva Para o Exercício PPPE (como um substituto ao alongamento).
    1. Introduz a musculatura da(s) articulação(ões) e musculaturas de co-contração associada para a direção da resistência do exercício permitindo que elas tenham oportunidade de progressivamente orquestrar as tensões requeridas ao redor da(s) articulação(ões).
  2. Potencialmente influencia o “estado atual” nas posições extremas que representam os finais da Amplitude de Movimento Ativa (ADMA) Específica do Exercício e seus comprimentos contráteis associados.
  3. Uma oportunidade de avaliar o controle articular nos extremos atuais de amplitude de uma maneira altamente sensível.
  4. Pode ser aplicado como um exercício/estímulo de baixa intensidade se for necessário progredir uma contração excessivamente descondicionada próximo às amplitudes finais (ou seja, para melhorar níveis de produção de tensão que estão próximos de zero).

Exemplos

Procedimentos do CSI

  1. Posições articulares são determinadas pelo exercício a ser feito. Compreender (não memorizar) a anatomia musculoesquelética e a mecânica das articulações pode ser útil. Entretanto a habilidade de definir as posições viáveis para o exercício específico é vital.
  2. Encontrar a melhor maneira de colocar o corpo em uma posição que elimina a necessidade de contração nas articulações envolvidas (remover ou reduzir a necessidade de controle ativo do membro pelo cliente/paciente). O apoio manual pelo fisioterapeuta/personal trainer é crítico e deve ser altamente sensível e habilidoso. O cliente/paciente deve se sentir seguro com o apoio do membro pelo fisioterapeuta/personal trainer para conseguir relaxar.
  3. O cliente move o membro ativamente para uma posição confortável e na qual não faça esforço associada com o encurtamento completo dos agonistas (como definido pela resistência/Cabo de Guerra).
    1. O cliente/paciente deve conseguir permanecer na posição. Se não conseguir, significa que a posição não está confortável e não existe esforço suficiente.
    2. Manter as posições estáticas de todas as demais articulações é crítico para a precisão contrátil.
    3. Mudanças no apoio ou posições (corpo no espaço) podem ser necessárias para reduzir o esforço, reduzir a influência de outros músculos ou a influência da gravidade o que leva o membro para uma posição desconfortável.
    4. Força excessiva, amplitude excessiva ou até a ação de outros músculos envolvidos em sustentar o membro podem incitar respostas protetoras e diminuir o efeito.
  4. Verifique o controle contrátil que leva para “dentro” daquela amplitude.
    1. Dentro = força manual aplicada à posição mais encurtada, direcionada para fora da posição de encurtamento.
    2. O cliente/paciente apenas mantém (“mantenha essa posição precisamente”). Não é uma queda de braço. O cliente/paciente não deve tentar “vencer”.
      1. O cliente/paciente não deve adivinhar o percentual de esforço a ser produzido. Ele simplesmente deve compatibilizar seu esforço com a carga mínima aplicada.
      2. A maioria dos clientes/pacientes irá automaticamente gerar respostas agressivas e excessivas se não for lembrado continuamente de “apenas manter”.
    3. O Profissional gentilmente aplica miligramas de força tangencial ao membro e no plano do movimento por uma contagem lenta de 6-8.
      1. O tempo exato é menos importante que o monitoramento do efeito.
      2. Não deve ocorrer fadiga de qualquer modo!
    4. Esse procedimento não pode ser realizado independentemente contra os “parâmetros internos” do cliente/paciente, pois que isso provavelmente incitará respostas protetoras. É preciso respeitar o que o tecido está demotrando.
    5. Permanecer nesta exata posição (comprimentos contráteis precisos) para o próximo passo.
  5. Verifique o controle contrátil “fora” daquela posição (FNP tradicional)
    1. Aplique o mesmo nível de força para o lado alongado / antagonista.
  6. Avalie se existe qualquer ganho de oportunidade para mover o membro na direção da posição mais encurtada mantendo o mesmo grau de conforto, ou seja “o quanto o tecido permitir que o profissional avance... assim o profissional avança”
    1. A amplitude pode mudar.
      1. Se a influência primária na posição atual é o “estado atual /condicionamento agudo” então a amplitude provavelmente irá alterar.
      2. Pela amplitude estar realmente relacionada com o comprimento contrátil, o encurtamento pode ocorrer microscopicamente sem que sejam vistas mudanças na posição articular.
    2. A amplitude pode não mudar. O procedimento ainda foi bem-sucedido.
      1. Não se preocupe ou se prenda emocionalmente a fausência de mudanças
      2. Pode ser o normal/anormal da estrutura
      3. Ou a proteção muscular orquestrada necessária atualmente
      4. De qualquer forma a PPPE e a orquestração foram iniciadas
    3. Não disperse (derive) das posições originais ou entre em novas posições entre as isometrias.
      1. Isso torna mais fácil a avaliação de mudanças pequenas na posição
      2. Se a posição não pode ser mantida, então a regra do “conforto” foi violada ou a força aplicada foi muito grande.
      3. Se, de fato, o CSI está sendo desafiador mesmo nos níveis mínimos de força, então se tornou o primeiro exercício.
  7. Realize o primeiro procedimento novamente conferindo o controle contrátil “dentro” da amplitude.
    1. Isso irá confirmar a integridade contrátil na nova posição de encurtamento e pode ser o fim da série.
    2. Se a primeira série produziu mudanças consideráveis, a decisão pode ser de proceder para uma nova série. Nesse caso, prossiga para o número 8.
  8. Se você fizer outra contração dos antagonistas (posição alongada), então verifique se houve ganho de mais amplitude novamente e realize em seguida outra contração dos agonistas (posição encurtada) para dentro da amplitude.
    1. Comece e termine com a contração do agonista (posição mais encurtada).
    2. Então pode ser um total de 3, 5, etc. isometrias combinadas
    3. Ou seja, lado curto, lado longo, avalie, lado curto/lado longo, avalie, lado curto
  9. Agora você deve passar para a outra “ponta” da amplitude/plano e avaliar o antagonista em sua posição mais encurtada e o agonista na sua posição mais alongada.

Lembre-se que o uso das palavras agonista e antagonista são baseados no exercício para o qual o cliente/paciente está sendo preparado.

NOTAS

• Ganhe consciência e capacidade de monitoramento do que está movendo e o que não está durante esse processo!

• Mentalmente reconheça repetidamente que o final da amplitude pode ser devido à estrutura normal ou anormal. Nós não devemos, portanto, nos envolver emocionalmente ao resultado (se houve mudanças ou não).

Erros mais comuns

  • Cliente movendo além das posições confortáveis e/ou sustentáveis facilmente... Encontre esse limite!
  • Muita força aplicada
  • Falta de sensibilidade do profissional para a qualidade, natureza e propriedades da contração ou falta de resposta a estas.
  • Direções imprecisas da força aplicada (é fundamental que seja tangencial)
  • Necessidade do cliente/paciente em sustentar o membro / lutar contra a gravidade ou se deixar levar por ela.

Tópicos relacionados

Informações introdutórias:

  • Posição mais encurtada: é entendida como a posição mais encurtada do potencial contrátil de um movimento específico. É relativa/contextual e influenciada por:
    1. A combinação específica de posições articulares que produzirão:
      1. Uma posição mais encurtada relativa para um conjunto de fibras, determinado pela combinação articular específica que compõe um dado exercício.
      2. O maior encurtamento absoluto para um conjunto específico de fibras, determinado pela combinação articular específica que compõe o exercício.
    2. Músculos uniarticulares
      1. O alcance da posição mais encurtada pode ser influenciado pela insuficiência passiva de músculos multiarticulares (ex: flexão de joelho na mesa flexora)
    3. Músculos multiarticulares
      1. Para se alcançar a posição mais encurtada pode ser necessário o posicionamento estratégico de ambas articulações.
  • A posição mais encurtada é geralmente considerada a posição mais “fraca” devido a influência isolada da produção de tensão ativa (contração muscular) e o momento dos músculos associados. Diferentemente, a posição mais alongada é influenciada pela combinação de tensão ativa e passiva (relação comprimento-tensão) que gera relativa melhora mecânica dentro de uma parte da amplitude do movimento.
  • A posição mais encurtada é geralmente evitada durante qualquer versão de performance, seja em esportes, “treinamento funcional” ou em exercícios de reabilitação, como um simples “levantar a perna”. Tenha em mente que a posição mais encurtada é determinada pela resistência agindo em um ponto específico. O que pode parecer uma posição mais encurtada eventualmente é a desaceleração excêntrica do agonista. A resistência determina esse cenário e não o movimento.
    • Futuramente isso pode ser agravado por influencias da inércia reduzindo ou até eliminando a magnitude da resistência ou invertendo sua direção completamente.
  • Fraco x Inibido?
    • Devido as razões citadas anteriormente, a posição mais encurtada da contração pode se tornar “descondicionada” e indisponível devido a fraqueza muscular.
    • É no extremo da contração que geralmente ocorre inibição devido a respostas de proteção à inflamações, lesões, estresses mecânicos, etc.
  • A chave para atingir/controlar a posição mais encurtada é a progressão.
  • Considerando que esse extremo do músculo já é potencialmente sensível ao estresse e comprometido por fraqueza inata, fraqueza condicionada e/ou inibição, é importante que o profissional respeite e progrida apropriadamente com a carga/desafio.
  • • A progressão deve considerar os seguintes fatores:
    • Progressão do comprimento: iniciar em posições/porções em que o músculo tem controle e tolerância contrátil e progredir sutilmente ao longo do tempo explorando as posições mais curtas onde há pouco controle e tolerância.
    • Progressão da carga: A quantidade de tensão exigida é tipicamente uma questão de quanta resistência/carga é imposta. Portanto deve ser progredida lentamente.
    • Inicialmente o desafio desse extremo não deve gerar fadiga ou falha mecânica.
    • Considere “sensitividade” e qualidade como sendo os fatores essenciais neste processo.
    • Pare nas boas repetições. “Mais” não significa melhor neste nível de estímulo.
    • Isso é análogo a “perfeita escrita manual” na qual a qualidade é fundamental e a fadiga não estimula a melhora. Acurácia através da atenção aos detalhes é o que gera maior influência na melhora.