O TRÍCEPS BRAQUIAL (como o nome já diz) é formado por três cabeças.
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Cabeça lateral
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Cabeça medial
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Cabeça longa
A cabeça longa é a única que tem origem na escápula, sendo, portanto, um músculo biarticular (cruza a articulação do cotovelo e a articulação glenoumeral). As demais cabeças (lateral e medial) têm origem no úmero. Todas as cabeças se inserem no olécrano da ulna através de um tendão em comum.
Apesar de ser um excelente extensor do cotovelo, o tríceps braquial auxilia na extensão, adução e, principalmente, na estabilização do OMBRO.

CONSTRUÇÃO DE UM EXERCÍCIO
Para desafiar o músculo em todo seu comprimento, devemos prestar atenção no posicionamento da articulação glenoumeral.
EXEMPLO
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Se quisermos estimular a porção CURTA do tríceps braquial, a articulação glenoumeral deverá estar em EXTENSÃO, bem como a articulação do cotovelo.
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Para estimular a porção LONGA do tríceps braquial, devemos posicionar a articulação glenoumeral em FLEXÃO, enquanto movemos a articulação do cotovelo também para flexão.
Nessa posição, é interessante frisar que — entre 90 e 130 graus de flexão do ombro — há a necessidade de ocorrer o movimento escapular. Como o tríceps cabeça longa se insere na escápula, mover esse osso no espaço não aumentará o comprimento contrátil do tríceps. Assim, a ideia de que "QUANTO MAIS ALTO O BRAÇO, MAIOR O ALONGAMENTO DO TRÍCEPS" é equivocada.
PEGADAS
Como todas as cabeças do tríceps se inserem no olécrano da ulna através de um tendão em comum, mudanças de pegada nos exercícios (pronação e supinação da articulação radio-ulnar) não alteram o estímulo mecânico para este músculo.
A opção do profissional por uma pegada supinada, entretanto, deve levar em consideração o ângulo de carregamento do cliente/paciente e a maior dificuldade de sustentar o peso da barra ou do instrumento utilizado (pois estará sendo sustentada apenas pelos dedos da mão).