Existem inúmeros fatores que influenciam o resultado muscular em um exercício de agachamento.
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É o torque da resistência que determina a participação muscular e não o volume de treino. Quanto maior o torque para o joelho durante o agachamento, menor é o torque para o quadril, e isso pode ser manipulado, mas nem sempre.
PROPORÇÕES ESTRUTURAIS E A DOBRABILIDADE:
RELAÇÕES ENTRE O COMPRIMENTO DOS MEMBROS
De uma perspectiva a partir do plano sagital, o fêmur é o osso mais influenciável dentro do sistema da dobrabilidade, porque geralmente se torna mais horizontal do que os outros segmentos. Isto significa que o seu comprimento é o mais responsável pela distância horizontal máxima entre quadril e joelho no plano sagital.
Essa diferença antropométrica afetará os momentos de cada articulação relativos à linha da resistência (absoluto x proporcional) e também o movimento e a relação direta inter-articular.
As proporções segmentares vão influenciar a "dobrabilidade" do sistema, sempre que:
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a linha da força da resistência for um fator limitante, isso acontece quando a linha da força provida pelo Centro de Massa precisa necessariamente ser mantida em cima dos pés. As relações entre as proporções dos segmentos não são tão relevantes quando uma restrição externa é fornecida em ambas as extremidades e a linha da força da resistência e as posições das articulações / segmentos podem ser manipuladas.
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a carga é tão próxima de ser máxima que seus momentos se tornam restritivos. Relação entre os segmentos Joelho & Quadril: quanto mais longo for o fêmur maior será a influência da linha da força da resistência e também da magnitude da resistência na dobrabilidade.
Se o fêmur for o mais curto dos três segmentos, o quadril e o joelho permaneceriam mais próximos da linha da força da resistência e a dorsiflexão do tornozelo provavelmente não seria máxima.
Se o tronco é mais curto do que o fêmur, então, o tronco deve se afastar da vertical, progressivamente no sentido horizontal através da flexão do quadril e/ou do tronco para manter o CDM em cima dos pés enquanto os quadris movem posteriormente.
Se a tíbia é mais curta do que o fêmur, o trajeto para a frente do joelho é progressivamente limitado e, como resultado, o quadril tem de se mover mais posteriormente, o que de novo requer que o tronco se mova para a frente / mais horizontal para manter o CDM acima dos pés.
O comprimento da tíbia e a dorsiflexão afetam o agachamento da mesma maneira. Ambos são essenciais para o trajeto anterior dos joelhos.